Fim ou inicio da vida aos trinta?
Fatos acontecem, fatos que nos fazem pensar na vida, nos erros, nos julgamentos ao próximo. Quantas vezes pedi para morrer? Em quantas tive raiva e guardei para mim? E quantas eu explodi sentimentos, como fogos de artifício se perdendo ao ar, no céu. E quem ouvia afinal? Discussões à toa, mesquinharia, desejos, pensamentos pobres... Como posso eu, pensar saber tanto e ainda errar? Onde deixei o meu controle? Onde deixei a solidariedade, onde me perdi e como me reencontrar? São tantas perguntas e algumas, só meu interior tem a resposta. Saber e não conseguir praticar, saber e ainda assim persistir no erro. Viver é uma escola sem tempo determinado. Mas a teoria facilita, a prática é que complica, quando temos desejos, quando ainda nos preocupamos com o pequeno, com aparências, com julgamentos alheios. Seria tão fácil se depois dessa chamada para a vida eu conseguisse colocar em uma caixa todos os erros e sentimentos amargurados que trago dentro do meu peito, marcando a ferro e fogo a minha alma ainda tão pequena.
Os trinta chegam, pra muitos é um fim, pra outros apenas o começo. Penso no quanto tempo tive pra me despedir de uma linda pessoa, que começou uma nova jornada, em outro lugar, distante desse, um universo paralelo. Dói, muito...
Será ainda um “pequeno” egoísmo de achar que é minha a dor? De “esquecer de lembrar”, que existem dores bem maiores que a minha, daqueles que olharão ao redor e não verão mais o sorriso branco, lindo e contagiante...
E assim me senti enquanto as pessoas ao meu redor, todas em silêncio, pensavam sabe Deus em quê. Talvez em tudo aquilo, ou talvez até no quanto normal é a vida e a morte. E como sabemos, andam sempre juntas.
Ali, um arrepio me percorreu o corpo e só pude agradecer, e pensar nos meus e em tantos nossos. Ainda dá tempo de tentar corrigir algumas posturas, de brigar menos, de sorrir mais, de ajudar sem esperar nada em troca, de dizer adeus em tempo. E eu nesse momento apenas desejo que esse sentimento que trago hoje em mim, permaneça por muito tempo. Que eu aprenda a construir em vida tudo que a minha alma planejou há alguns anos atrás. Que eu me permita ser mais leve, ser condutora de bons fluidos ao mundo, ao próximo, aos meus, aos seus e aos nossos... E que me permita aceitar, que EU e somente EU, fui responsável pelos meus atos... E que antes da minha volta eu veja e perceba um mundo mais leve, pessoas mais humanas, que veja uma nova vida de gente que ama, e só quer amar!
Ps: O primeiro post é em homenagem a Marina Paludetto. Espero que possa saber o quanto foi amada, mesmo que muitas vezes deixamos de falar.
Postado por Regiane Figueiredo.